sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Igual ou diferente?


Mãe,

Você sabe o quanto sou ligada em música e essas coisas do tipo. Muita gente fala que hoje em dia um artista é a cópia do outro. E as vezes eu chego até concordar. A Lady Gaga é a Madonna, o Justin Timberlake é o Michael Jackson, McFY os Beatles, mas você sabe que eles só tentam ser. E nesse mundo onde a moda é feita pelos atuais, oque você acha deles se inspirarem nos antigos? A moda vai e vem, mas sempre influenciada pro algo do passado, nós estamos revivendo o passado? E aí, me responde :D


Júlia, xx

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Filha,

Diferente é fazer a diferença

Tem um ditado popular que diz que nada se cria, tudo se copia. Acho que ele cabe bem dentro desse nosso assunto.

A moda é um exemplo clássico disso. Ela vai e volta. Eu me lembro muito bem que nos anos 80 usávamos esse mesmo estilo de óculos de sol que você adora e acha super fashion.


Óculos wayfarers, febre nos anos 80 e assessório indispensável entre as patricinhas de hoje.

Agora essa de cantor querer ser a nova Madonna ou o novo Michael Jackson isso pra mim não cola. A gente ta no mundo pra fazer a diferença e não ser igual.

Acho muito mais bacana ser conhecido como o fulano de tal, que canta assim, dança assado, do que ser conhecido como o novo alguém antigo.

Se todos pensassem assim, não existiria o samba, a bossa nova, o jazz, o pop... Quem ta na chuva tem que se molhar e pq não se molhar com estilo?

Outro dia mesmo eu estava prestando atenção a alguns clipes e percebi que agora a moda é cantar de maiô. Ta todo mundo igual, Madonna, Beyoncé, Rihanna e por ai vai. Agora me diz pra quê isso?


O Michael Jackson tinha estilo, o cara inventou de usar luva numa mão só e olha no que deu, virou febre.


Os Beatles ditaram o corte de cabelo na época deles.



E o que falar do rebolado do rei do rock, Elvis Presley??

Isso sim é que é ser artista com estilo. E ai, respondi??



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sobre cartas


Querida Júlia,



Hoje resolvi fazer diferente, em vez de escrevermos sobre um mesmo assunto, eu quis fazer-lhe uma surpresa e escrever-lhe uma carta. Aliás, o hábito da escrita de cartas está cada dia caindo em maior desuso. Graças à tecnologia.

Você sabia que na sua idade eu adorava escrever cartas? Pois é, gostava mesmo. As mais freqüentes costumavam ser para as nossas primas Joana e Ângela e também para a Cíntia.

E eu me lembro o quanto era bom chegar em casa e encontrar um envelope endereçado a mim contendo notícias de pessoas queridas. Eu corria para o meu quarto e imediatamente começava a ler a carta. Que sensação gostosa era aquela.

Hoje em dia as coisas mudaram, agora são os e-mails, os scraps e as mensagens via celular. Bem mais rápidos e na maioria das vezes, também bem mais curtos do que costumavam ser as cartas, mas a emoção na hora do recebimento ainda continua a mesma.

Quando me refiro em emoção de recebê-los me refiro àqueles e-mails que são escritos direcionados a você, que mandam notícias e não aos que chegam com mensagens de a amizade é linda, o amor também, vamos ajudar a essa pessoa, e que geralmente terminam dizendo que é necessário encaminhar para 20 amigos para que você seja feliz.

Não que eu não goste, mas acho um pouco impessoal, mesmo sabendo que é feito uma seleção e só costumamos enviar o que muitas vezes nós mesmos gostaríamos de dizer, ou melhor, de ter escrito e não o fizemos.

Então é isso ai minha filha, essa cartinha é só para dizer o quanto te amo e a cada momento fico mais impressionada do quanto esse amor ainda cresce dentro mim, todos os dias. Quando penso que meu coração já está cheio, ele se enche mais ainda e todo esse amor é só para você, pois não existe no mundo amor maior do que o de uma mãe por seu filho.


Um beijo,

Mamãe.

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Resposta

Olá mãe,

Como você sabe, não sou muito fã de cartas. Exige muita concentração, e é claro uma letra bonita. Partiularmente, mãe, eu não gosto de escrever, acho digitar muito mais fácil, mas não uso o popular e-mail nem recados do orkut, o legal mesmo é Twitter. Aliás, a senhora poderia me responder qual a graça de escrever a carta com todas as vantagens que tenho hoje? Quer dizer, é claro que é legal sentir a carta nas mãos. Mas não é muito mas prático mandar um e-mail ou um recado no Orkut que chegam na hora? olha ue o Orkut não faz greves que nem o Correio. Acho muito mais prático via-internet.
É claro que gente mais velha sempre prefere cartas... Quem sabe isso mude no futuro, huh?

Um beijo,

Júlia, xx

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sobre tecnologia

Versão da filha:

Eu estou estudando sobre tecnologia em geografia e o mais legal é que a gente acha que sabe de tudo e depois vê que não sabe de nada. Eu tenho plena consciência disso. Minha mãe, por exemplo, acha que eu sei mexer em tudo, mas não é bem assim. Nós jovens também nos complicamos com a tecnologia e suas inovações. Não é porque sabemos criar um Facebook que saberemos configurar um computador. Mas eu sempre me questiono porque gente mais velha não sabe mexer nessas coisas, quero dizer, eu também não sabia, é só aprender, certo? Pensando bem, tem que ter muita paciência pra ensinar, falo isso porque meu avô até hoje não sabe diferenciar Orkut de E-mail.



Versão da mãe:

Gente tecnologia é uma coisa fenomenal. Eu ainda me lembro quando entrei na faculdade e comecei a escrever os primeiros textos no computador. Era meio que não querendo, achando que o legal era escrever a caneta e depois sim, partir para a digitação. Com o tempo fui vendo que era muito prático escrever direto no computador, assim, era mais fácil fazer troca de parágrafos, inserir e excluir o que eu bem quisesse.

O difícil é se acostumar, depois a gente segue de vento em polpa. Aqui em casa eu tenho a Júlia, que me ajuda muito. Qualquer dúvida que eu tenho eu grito: Júliaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, como é que eu faço para fazer “isso ou aquilo”? ou então, Júliaaaaaaaaaa faz “isso” pra mim! Coisa boa é ter filhos, eles sabem mexer em tudo que é novo.

O ruim disso, é que tudo é muito volúvel. Num mês é a última novidade no outro já ta mais do que ultrapassado. Eu por exemplo ainda nem consegui me adaptar ao MP3 e já saiu o MP7, 8, 9, 10 e sei lá mais quantos. E olha que a gente nem mora no Japão!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O bom e velho all star





Versão da mãe:

Eu tenho 35 anos e nunca, eu disse nunca usei all star. Não que eu ache feio, fora de moda ou sei lá o quê. Apenas nunca usei e pronto. Acho lindo quando vejo os atores, ou mesmo as pessoas tidas como altamente dentro da moda usando, mas sempre que eu tentei combinar com alguma roupa que eu tenho, simplesmente não consigo.

O all star está presente em minha vida desde a infância. Lembro quando meu primo Correinha chegou de uma viagem que ele havia feito por alguns países da América Latina e também sul do Brasil, que ele veio cheinho de estrelas, digo all stars. Eram muitos. Várias cores, vários modelos. Ele costumava arruma-los em fileira, um ao lado do outro. Eu me sentava no chão e ficando olhando o desenho das estrelas nos tênis, sonhando em crescer para que meu pé coubesse em um. Esperei tanto e nem por isso cheguei a usar.

Atualmente já vi all star até para bebês. Aliás já vi all star de salto (fiquei pasma), quem diria, logo ele, o símbolo da juventude rebelde, dos que tinham coragem e ousavam transgredir as regras, dos roqueiros e dos tênis confortáveis.


Versão da filha:

Eu tenho 13 anos, e sempre gostei de all star, de todas as cores. Aliás, ja tive vários e atualmente tenho dois. Mas acho que já está ficando fora de moda. All star é sempre aquela mesma coisa, o mesmo modelo.

Acho até que eles poderiam inovar um pouco, mas como se sabe, moda vai e vem. E já que eles tem tantos anos de sucesso prefiro não me meter, até porque na maioria dos pés das salas de aulas tem um all star.

Meu preferido é tênis hypado e todo colorido da Nike. Mas como aqui não tem, eu fico só na vontade, né. :/

Como surgiu

O blog surgiu no meio de uma conversa travada na hora do almoço.

Após debatermos um pouco sobre um assunto, pensamos que seria interessante travar um diálogo entre mãe e filha, mostrando a opinião de cada uma de nós e onde outras pessoas também participassem.

Assim, nasceu o

Mãe&Filha.

Esperamos que gostem e voltem sempre para dialogar conosco.

Um grande abraço,

Jannice e Ana Júlia Dantas