quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Carolina faz um aninho

Dia 22 foi meu aniversário, completei um aninho de vida. Mamãe fez um bolo com cobertura de marshmallow e confetes de chocolate, fez também brigadeiros, vestiu em mim um vestidinho cor de rosa que a tia Lidiane me deu de presente (primeiro presente que eu ganhei depois que eu cheguei na casa dos meus pais), papai comprou refrigerantes e uma vela dos Backyardigans (meu desenho animado favorito) e junto com minha irmã Júlia, minha priminha Isadora e minha amiguinha Mariana cantaram parabéns para mim.


Algumas pessoas muito queridas também vieram para me dar um beijinho e trouxeram presentinhos que me deixaram mais linda do que já sou, foi a Tia Fran (que não trouxe os óculos que me prometeu, mas trouxe um vestidinho lilás que é a minha cara e cá entre nós, mamãe estava na expectativa de que ela fosse me dar um livro de pano) e Tio Aquinei, Tia Manu, Tia Lica, Vó Sol e Vô Pedro.

Rebatizando

Quando eu completei 33 anos, já estava certo de que em poucos dias eu passaria por uma cirurgia chamada esterectomia total. Nessa cirurgia o útero e os ovários são retirados, o que faz com que a mulher fique estéril e não possa mais ter filhos.

Lógico que fiquei muito triste, pois eu gosto de ser mãe, adoro curtir os sabores e dissabores que a maternidade provoca. E escrevendo esse texto me recordei que a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi de que como nessa época eu estava solteira, a possibilidade de ter outro filho era nula, vi meus sonhos de uma nova maternidade frustrada.

Assim que saí do consultório médico, liguei para minha amiga Karine e desabei a chorar enquanto contava para ela o que eu acabara de ouvir. Foi um momento difícil, mas com o apoio de minhas amigas, família e de
um anjo da guarda chamado Aires que Deus colocou na minha vida, passei por ele de cabeça erguida e com muita força.

Hoje, relembrando toda essa história, eu ainda escuto minha voz dizendo para as pessoas que se Deus me desse o poder de escolher o sexo do meu próximo bebê eu queria outra menina, pois não me via como mãe de um menino. Lembro também, que durante anos todos os meses eu reclamava da menstruação e sempre desejava não menstruar mais.

Deus me ouviu. Tirou-me o útero e os ovários, o que fez com que eu deixasse de menstruar e explorando a fundo o meu lado Polyana também me possibilitou a escolha de ter mais uma menina (como sempre desejei).

E foi seguindo o meu coração e a enorme vontade de ser mãe novamente que no dia 17 de janeiro uma linda mocinha chamada Carolina veio fazer parte de nossa família. O amor foi imediato e a sensação de chegar em casa depois de um dia cansativo de trabalho e ter uma criança te esperando cheia de sorrisos e carinhos não tem preço.

É por esse motivo e seguindo a sugestão da Giselle Lucena, que a partir de hoje acho que devemos rebatizar o blog com o nome de Mãe e Filhas, pois este será um espaço para compartilhar com vocês o crescimento de uma menininha de um ano de idade, o amadurecimento de uma mocinha de quase 14 anos e o nascimento de muitos fios brancos na cabeça de uma mãe de 35 anos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

It's now or never

Como vocês sabem, agora eu tenho uma irmãzinha, seu nome é Carol. Ela é risonha, divertida e adora Danone, como toda criança, creio eu. O problema é que algumas pessoas estão estranhando a presença de Carol na nossa família, estranhando para não dizer ‘desgostando’. E tudo isso é pelo fato da nossa pequena Carolina ser adotada. Vejo algumas pessoas mandando e-mails para minha mãe dizendo que esse não era o momento, que acha que eu necessito de maior atenção e que ela pode atrapalhar. Pelo que eu tenho visto Carol não foi bem recebida por pessoas mais que próximas. Não fico feliz ao saber disso, quero dizer, se minha mãe estivesse grávida ela teria de abortar? Acho que não. Eu sinceramente gostaria que todos entendessem, é como a famosa música do rei, Elvis Presley, It’s now or never (é agora ou nunca). Todos sabem o quanto desejei um irmão, e por mais que Carol seja muito mais nova que eu, nós nos damos bem, se ela falasse poderia dizer que conversamos. Peço do fundo do meu coração que não deixem de amar Carol. Ela agora faz parte da família, e tenho certeza que espera tanto quanto eu que vocês a visitem, ou até mesmo liguem para saber dela. Apesar de tão pouco tempo de convivência já me apaixonei pela minha pequena, e para aquelas que a rejeitam ou até mesmo temem que ela nos faça algum mal, eu digo que Carol está fazendo tão bem para mim como nós todos estamos fazendo para ela.