Quando eu completei 33 anos, já estava certo de que em poucos dias eu passaria por uma cirurgia chamada esterectomia total. Nessa cirurgia o útero e os ovários são retirados, o que faz com que a mulher fique estéril e não possa mais ter filhos.
Lógico que fiquei muito triste, pois eu gosto de ser mãe, adoro curtir os sabores e dissabores que a maternidade provoca. E escrevendo esse texto me recordei que a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi de que como nessa época eu estava solteira, a possibilidade de ter outro filho era nula, vi meus sonhos de uma nova maternidade frustrada.
Assim que saí do consultório médico, liguei para minha amiga Karine e desabei a chorar enquanto contava para ela o que eu acabara de ouvir. Foi um momento difícil, mas com o apoio de minhas amigas, família e de
um anjo da guarda chamado Aires que Deus colocou na minha vida, passei por ele de cabeça erguida e com muita força.
Hoje, relembrando toda essa história, eu ainda escuto minha voz dizendo para as pessoas que se Deus me desse o poder de escolher o sexo do meu próximo bebê eu queria outra menina, pois não me via como mãe de um menino. Lembro também, que durante anos todos os meses eu reclamava da menstruação e sempre desejava não menstruar mais.
Deus me ouviu. Tirou-me o útero e os ovários, o que fez com que eu deixasse de menstruar e explorando a fundo o meu lado Polyana também me possibilitou a escolha de ter mais uma menina (como sempre desejei).
E foi seguindo o meu coração e a enorme vontade de ser mãe novamente que no dia 17 de janeiro uma linda mocinha chamada Carolina veio fazer parte de nossa família. O amor foi imediato e a sensação de chegar em casa depois de um dia cansativo de trabalho e ter uma criança te esperando cheia de sorrisos e carinhos não tem preço.
É por esse motivo e seguindo a sugestão da Giselle Lucena, que a partir de hoje acho que devemos rebatizar o blog com o nome de Mãe e Filhas, pois este será um espaço para compartilhar com vocês o crescimento de uma menininha de um ano de idade, o amadurecimento de uma mocinha de quase 14 anos e o nascimento de muitos fios brancos na cabeça de uma mãe de 35 anos.