Eu tenho uma amiga que estuda comigo, mas por mais estranho que seja, a gente não se fala muito na escola.
Eu e Carol* só nos damos bem na casa uma da outra. Esses dias estávamos discutindo sobre garotos.
Coisa de adolescente. Fulano é lindo, mas ciclano é sem graça. Já viu o irmão do Beltrano? Ele é lindo.
Até aí tudo bem, afinal todo mundo sabe que olhar não tira pedaço.
Depois de um tempo, resolvemos usar um pouco o computador. Daí começa a subir plaquinha...
Por enquanto nada demais, e esse por enquanto não durou muito.
Carol* começou a me mostrar os garotos de sua lista de contato do msn.
- Ai amiga, esse daqui é o João*, ele é lindo né? A gente marcou de se ver.
- Nossa, é mesmo. - Sempre respondo sem intusiasmo. Já que nossos gostos para meninos são opostos.
- Esse daqui e o Victor*. Ele é namorado da Fernanda*. Ah, se ele pedir pra ficar comigo eu fico.
Quinze minutos depois e ela já tava falando com todos seus 'gatinhos'. O que realmente me intrigou foi a idade.
!8, 19, 20, 21, 22 e até mesmo 26.
E foi aí que me toquei que eu e Carol* temos 13 anos. Não gosto muito de dizer isso, mas, olhe só. Temos 13 anos, somos crianças.
Pra mim menino de 16 anos já é velho demais pra se ter algo, isso realmente me fez pensar. A cabeça que uma pessoa de 22 anos tem é diferente de uma de 13. Quero dizer, a pessoa de 22 tem mais experiência e nós de 13? Acabamos de entrar na adolescência. Entendo, nossos hormônios estão a mil, mas e aí?
Depois de alguns meses eu pensei nisso hoje e me dei conta de que apesar da Carol* ter 13 anos, ela já bem avançada. E não falo de conhecimento ou experiências vividas, mas nesse ponto tenho que concordar de que minha amiga já é bem mais ligada em namoro do que eu. E sinceramente, não tô nem aí. Porque eu ainda sou nova demais e nessa fase que eu entrei to querendo deixar tudo pra depois.
* Troquei o nome para não expor nenhuma das pessoas citadas na história. :D
***
Filha, esse negócio de amadurecimento é bem interessante. Nessa idade sempre tendemos a achar que já estamos maduros o suficiente para tomarmos decisões na vida. E na verdade não é nada disso. Mas isso é próprio da impetuosidade, da impulsividade e do grande desejo de nos tornarmos logo mulheres. São característicos da adolescência.
Engraçado que essa característica é mais acentuada nas meninas que nos meninos. Eles aos 13 anos não tão nem ai, querem mesmo é jogar bola. Na verdade eu acho que o homem tem grande dificuldade pra realizar a passagem para a vida adulta, mesmo depois de adulto. É por isso que alguns casamentos não dão certo, pois eles não sabem lidar com a responsabilidade que uma família precisa.
Mas claro que isso tudo que eu citei não exime ninguém. O ruim desses tipos de comportamento da sua amiga, é que os próprios garotos começam a falar da menina e depois de um tempo ela está conhecida como “fácil” e fica mal falada. Depois disso, tirar a fama fica difícil, quase impossível. Inclusive existe um ditado popular que define muito bem, ele diz o seguinte:
‘Faça a fama e deite na cama.’
Agora o que mais preocupa mesmo é a diferença de idade da sua amiga para os paqueras dela. Sete anos é muita coisa(isso tirando por baixo, já que ela tem contatos de até 26 anos. Basta você observar uma criança de seis anos e ver como os objetivos e estilo de vida de vocês são diferentes. E como é muito mais fácil você conseguir influenciá-la a fazer algo que VOCÊ e não ELA quer.
E sabe o que mais? Com certeza elas também se acham maduras o suficiente para se ‘garantirem’.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Festas? Como assim?
Eu sempre achei que estaria preparada para enfrentar de cabeça erguida e coração tranqüilo a primeira saída noturna da minha filha. Doloroso engano. Claro que eu já havia deixado ela em aniversários, mas desses que começam as 19 horas e terminam as 22h. Nunca, além desse horário.
Mas nesse último sábado, foi diferente. Ela foi convidada para um aniversário de 15 anos de uma coleguinha, digo, amiga de escola (olha ai, eu com a síndrome de que ela ainda não cresceu. Coleguinha a gente usa quando os filhos ainda estudam no maternal).
A festa era dessas só para os amigos, nada de levar a família. Até aqui eu tirei de letra, mas quando li no convite que a festa começava 21:30h, comecei a ficar nervosa, porque uma festa que tem início nesse horário só deve terminar (no mínimo) uma hora da manhã.
UMA HORA DA MANHÃ? COMO ASSIM? MINHA FILHA CHEGANDO EM CASA UMA HORA DA MANHÃ?
Calma...calma...respira...respira...
Depois de tudo assimilado, foi preciso me voltar para a preparação do grande dia. Sábado fiquei por conta dela. Depois de comprarmos o presente fomos ao salão, onde ela cortou e escovou os cabelos e também fez uma maquiagem (meu Deus, ela fez maquiagem!).
Depois de toda pronta, olhei pra ela e pensei: Minha nossa, como cresceu!
Entramos no carro e partimos rumo ao local do aniversário. Chegando lá, ela me disse que ‘nada de beijo’ e que me ligava as duas horas para eu ir buscá-la. E eu fiquei olhando ela entrar na festa, se misturando aos outros convidados. Minha menina, minha pequenina, já é quase uma mulher (e nem ao menos me deu um beijo).
Cheguei em casa, arrumei os aparelhos celulares ao me lado, para a hora que ela ligasse. Só que eu dormi e o Aires colocou os telefones embaixo do travesseiro dele. E ela ligou. Ligou nove vezes e eu não ouvi.
Gente quando eu percebi o horário e a quantidade de ligações, comecei a me tremer (e isso pq haviam se passado só um minuto do tempo das ligações). Fiquei nervosa, tentava retornar mas parecia que o celular dela estava desligado ( na verdade era eu discando o número errado por conta do nervosismo).
Mil e uma besteiras passaram pela minha cabeça fértil em desgraças. Júlia veio a pé. Júlia sozinha na frente do Hotel Imperador Galvez (local da festa). Ladrões, delinqüentes, enfim, tudo de ruim que se possa imaginar. Até que ela ligou de novo e nessa hora eu já estava dentro do carro, pronta pra partir rumo à festa. Disse-me que estava vindo de carona com a melhor amiga.
Eu quase chorando fiquei no portão a espera de vê-la chegar. Enquanto ela, feliz da vida, entrou em casa correndo, tirou todos os acessórios, arrumou uma bolsa cheia de roupas e foi dormir na casa da amiga. E ainda por cima me deixou na expectativa de saber como havia sido a festa de aniversário.
Mas nesse último sábado, foi diferente. Ela foi convidada para um aniversário de 15 anos de uma coleguinha, digo, amiga de escola (olha ai, eu com a síndrome de que ela ainda não cresceu. Coleguinha a gente usa quando os filhos ainda estudam no maternal).
A festa era dessas só para os amigos, nada de levar a família. Até aqui eu tirei de letra, mas quando li no convite que a festa começava 21:30h, comecei a ficar nervosa, porque uma festa que tem início nesse horário só deve terminar (no mínimo) uma hora da manhã.
UMA HORA DA MANHÃ? COMO ASSIM? MINHA FILHA CHEGANDO EM CASA UMA HORA DA MANHÃ?
Calma...calma...respira...respira...
Depois de tudo assimilado, foi preciso me voltar para a preparação do grande dia. Sábado fiquei por conta dela. Depois de comprarmos o presente fomos ao salão, onde ela cortou e escovou os cabelos e também fez uma maquiagem (meu Deus, ela fez maquiagem!).
Depois de toda pronta, olhei pra ela e pensei: Minha nossa, como cresceu!
Entramos no carro e partimos rumo ao local do aniversário. Chegando lá, ela me disse que ‘nada de beijo’ e que me ligava as duas horas para eu ir buscá-la. E eu fiquei olhando ela entrar na festa, se misturando aos outros convidados. Minha menina, minha pequenina, já é quase uma mulher (e nem ao menos me deu um beijo).
Cheguei em casa, arrumei os aparelhos celulares ao me lado, para a hora que ela ligasse. Só que eu dormi e o Aires colocou os telefones embaixo do travesseiro dele. E ela ligou. Ligou nove vezes e eu não ouvi.
Gente quando eu percebi o horário e a quantidade de ligações, comecei a me tremer (e isso pq haviam se passado só um minuto do tempo das ligações). Fiquei nervosa, tentava retornar mas parecia que o celular dela estava desligado ( na verdade era eu discando o número errado por conta do nervosismo).
Mil e uma besteiras passaram pela minha cabeça fértil em desgraças. Júlia veio a pé. Júlia sozinha na frente do Hotel Imperador Galvez (local da festa). Ladrões, delinqüentes, enfim, tudo de ruim que se possa imaginar. Até que ela ligou de novo e nessa hora eu já estava dentro do carro, pronta pra partir rumo à festa. Disse-me que estava vindo de carona com a melhor amiga.
Eu quase chorando fiquei no portão a espera de vê-la chegar. Enquanto ela, feliz da vida, entrou em casa correndo, tirou todos os acessórios, arrumou uma bolsa cheia de roupas e foi dormir na casa da amiga. E ainda por cima me deixou na expectativa de saber como havia sido a festa de aniversário.
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